Caraças! Ando intrigada com estas minhas courgettes que não são como as outras Como já aqui disse, comprei um pacote de sementes de abóboras como sendo pequenas e redondinhas. Pois as primeiras a nascer foram courgettes das vulgares, que podemos encontrar em qualquer supermercado. São de cor verde e nascem junto ao pé, rente à terra, ficando com as folhas por cima.
Mas estas courgettes aqui das fotos são de cor amarela, minorcas e nascem nos ramos, algumas até na extremidade dos ramos. Estou desconfiada que os ramos vão continuar a crescer, que são do género planta trepadeira. E na ponta de um ramo também estão a despontar courgettes. A folhagem também é diferente. Tem folhas mais pequenas e de um verde mais claro. Mas também já tenho um pé que vai dar abóboras redondas. Finalmente Outros pés ainda não se revelaram. Estou curiosíssima para ver o que dali vai sair
Ah! A minha horta está a tornar-se um dos meus lugares de paz...
O título do post de hoje foi inspirado numa obra de Alvin Toffler intitulada "A Terceira Vaga".
Alvin Toffler, conhecido pelas suas publicações futuristas, apresentou neste livro um ensaio sobre como poderá vir a ser a sociedade pós-moderna do século XXI, que ele considera como sendo a terceira grande onda económica mundial.
De acordo com a respectiva Sinopse, o livro "A Terceira Vaga", consiste numa
obra explosiva que altera dramaticamente a maneira como cada qual se vê a si próprio e analisa o mundo que o rodeia. Antevê a economia do mundo do futuro e o sentido de personalidade individual e familiar numa sociedade pós-nuclear, assim como as atitudes sexuais dos humanos vindouros, as suas preferências no campo da política, do trabalho e dos lazeres. A Terceira Vaga é pois uma antecipação iluminada do amanhã.
Pois bem, nem todas as "profecias" anunciadas se concretizaram até agora, nomeadamente aquela que preconiza um horário de trabalho mais reduzido e o consequente aumento de tempo livre que, por sua vez, poderia ser dedicado ao lazer e ao turismo.
Contudo, parece que podemos estabelecer aqui um paralelismo com as consequências da Pandemia Covid-19, uma vez que implicou algumas mudanças na vida das pessoas que se viram confinadas ao seu espaço doméstico. Quer seja por estarem ou terem estado em lay-off, quer em quarentena ou simplesmente no desemprego, de repente toda a gente deu por si com imenso tempo livre e sentiu uma grande necessidade de o preencher.
E já agora, com mais tempo em casa, cresceu também a preocupação em ter uma alimentação saudável. Facto que impulsionou as pessoas a colocarem a mão na terra, criando as suas hortas. Além de melhorar a alimentação, há que ter em conta que interagir com plantas e vegetais também tem efeito terapêutico, e pode ajudar a lidar com a ansiedade — algo muito conveniente nestes tempos em que esse sentimento se tornou omnipresente.
Quis o acaso, e também o meu espírito, claro, que eu tivesse apanhado essa onda e cá vou desenvolvendo a minha horta. Hoje mesmo vi um programa de televisão no qual um cozinheiro mostrou a sua horta criada há menos de três meses e aquilo parecia uma floresta tropical, com tudo tão verdinho e vicejante!
Mas eu também hei-de lá chegar, embora bastante consciente de que tenho muito para aprender. Mas aprender a fazer a manutenção de uma horta é um grande ganho, uma grande vantagem. São competências, pois nunca se sabe as voltas que o mundo dá.
E, como não poderia deixar de ser, aproveito o ensejo para deixar aqui mais uns testemunhos da minha odisseia na ingricultura
Devo confessar que aquilo a que chamei de courgette amarela não sei se será outra coisa... É que comprei um pacote de sementes de abóbora, que eu pensava que eram daquelas redondinhas e pequeninas e afinal o que apareceu foram as courgettes. Fruto redondinho ainda nada! Fui ludibriada!
Foto 1 - Courgettes. Esta planta tem pelo menos 7!
Todos os acontecimentos da vida acarretam consequências. Estas podem ter impactos bons ou maus nas vidas das pessoas. Hoje venho dissertar sobre uma consequência boa.
Depois de cinco anos de frequência de ginásio e com resultados para mim deveras satisfatórios, foi com bastante apreensão que conclui que, devido à Pandemia, tão depressa não poderia retomar os meus treinos. A possibilidade de perder toda a performance adquirida ao longo de todo este tempo, com tanta dedicação e sacrifício, assumiu para mim as dimensões de uma hecatombe!
Não! Decididamente esta menina não poderia deixar que semelhante coisa acontecesse!
Se por um lado, o ginásio disponibiliza aulas online, e com elas os prejuízos na minha condição física seriam menores, por outro lado, as aulas não é o género que mais gosto.
Penso que esta minha falta de apetência pelas aulas de ginásio se deve ao facto de não estar habituada. Tudo na vida são hábitos. Desenvolvido um determinado hábito este torna-se a nossa normalidade.
Acontece que, a modalidade de musculação foi para mim uma forma de frequentar um ginásio sem estar sujeita a horários estipulados, coisa que detesto, porque já me chegam os horários da minha actividade profissional, os quais me preocupo por respeitar escrupulosamente. Afora isso esforço-me por reservar a minha independência, a minha liberdade de agir.
Mas a preferência pela modalidade de musculação também tem a ver com a minha personalidade!
O vídeo que poderão visionar neste post explica esse fenómeno muito melhor do que eu!... Para muitos, a musculação não necessitando de ser praticada em grupo torna-se uma modalidade enfadonha, solitária. Para mim não é nada disso porque entendo que não estou verdadeiramente sozinha. Sou eu e os meus pensamentos.
Posto isto, pensei que só havia uma solução para contornar esta situação inédita, que seria adquirir os equipamentos indispensáveis para fazer uma réplica o mais fiel possível dos meus treinos diários habituais. Se bem pensado, bem feito. Eles aí estão e não lhes tenho dado descanso. E quero mais!
Os meus treinos diários iniciam-se com uma corrida à volta do quarteirão que inclui uma subida para aquecer, até sentir o sangue fervente a circular nas veias. O percurso não é comprido, mas é intenso e sem permissão para parar. Brevemente terá de ser mais extenso porque o corpo já está a habituar-se... Tenho de ser honesta comigo para perceber quando já estou na zona de conforto e evitar cair nesse logro
Depois segue-se cerca de uma hora e meia de exercícios com pesos no meu ginásio algo rudimentar mas suficiente. Escusado será dizer que não me permito a baldas. Não é por não estar a ser vigiada que me dou a aldrabices. E que ganharia eu com isso??
Só posso dizer que estou bastante satisfeita! Disse atrás que a preferência pela modalidade de musculação terá possivelmente muito a ver com a minha personalidade. Gosto de estar comigo. Gosto de me automotivar e faço muita vez o exercício da automotivação, utilizando estratégias que funcionam muito bem comigo. Ou seja, não preciso de companhia para me motivar. O meu bem estar e satisfação comigo própria são o que me motiva. Bem trabalhado, chega-se a um ponto que a necessidade de cumprir aquele ritual de exercício se torna um vício, que se não for satisfeito nem andamos bem.
Neste vídeo há personagens que falam do grupo como factor motivador, mas há também os apaixonados pela modalidade, quiçá os mais fortes psicologicamente, que não precisam do incentivo do grupo. O mais importante é definir um objectivo e depois dar o máximo para o atingir, evidenciando assim a nossa verdadeira têmpera. Quanto aos outros, os do grupo, não podem fazer os exercícios por nós, porque havemos, então, de precisar deles?... Tão simples quanto isto... Eu sou assim, pois.
A vida é mesmo um livro com muitas páginas, capítulos e subcapítulos.
No constante virar de páginas e inauguração de novos capítulos, há inusitados que, quer queiramos, quer não, estabelecem um marco para um novo tempo, para um futuro que se vai revelando, que vai tomando forma. Para a semana recomeçarei a minha vida activa/profissional.
Mas eu já não sou a mesma!
O tempo em que permaneci em casa foi tudo menos estéril. Tive a presença de espírito necessária para não descurar o sentido de oportunidade e esforcei-me veementemente para compensar as perdas com ganhos, para melhorar, para acrescentar...
Foi como atirar uma pedra a um charco, para fazer agitar as águas estagnadas.
Com efeito, durante este tempo não fiquei inactiva, pois tornei-me uma amante da policultura doméstica. Criei também o meu ginásio doméstico e tenho outras ideias que, por enquanto, não quero revelar, já que ainda estão em embrião. Mas uma coisa traz sempre outra... E assim sucessivamente.
Eis mais umas fotos de uma pequena parte da minha horta, que não me canso de partilhar. As abóboras já com bastante rama e um novo canteiro que se encontra todo semeadinho. Estou em pulgas para começar a ver tudo a rebentar!
A Horta
As minhas abóboras
O meu novo canteiro (cercado por fio azul) onde pratiquei a policultura intensiva. Está todo semeado
O Francisco Espanta Pardais
O Manel Espanta Pardais, irmão do Francisco
Mais um almocinho com os meus produtos hortícolas (menos o tomate)
O Ginásio
A Lolitinha, pequenina, fofinha, "queriducha"
Ainda assim, o melhor que me aconteceu nestes últimos tempos, um pouco antes da malfadada pandemia, foi ter adoptado a minha tão querida cadelinha. Começo e termino todos os dias com o coração inundado de ternura por ela. Há lá coisa melhor que é ter um docinho destes a perseguir-nos pela casa?
Mais uma vez aqui me achego para fazer o balanço do ponto de situação neste intervalo da minha vida profissional.
Em primeiro lugar, o meu ginásio doméstico, necessidade que se tornou imperiosa com o confinamento social, e que já está parcialmente completo. Vendo bem, e por enquanto, não iria precisar de mais equipamentos. Mas agora que lhe tomei o gosto, que o "bicho se meteu no corpo", já não garanto nada. Dificilmente ficarei por aqui e, oportunamente, hão-de vir mais equipamentos para o fazer crescer.
Em segundo lugar a minha horta, que tanto me tem entretido. Vai mais ou menos. É que ainda estou para perceber o motivo pelo qual as espécies vegetais dos restantes membros da horta comunitária crescem mais viçosamente do que as minhas...
Contudo, os rabanetes já andam a ser colhidos e são muito saborosos e tenrinhos. Já pela terceira vez que fizeram parte das minhas refeições. Numa primeira refeição foram servidos numa salada, que fez parte do jantar em família, no qual me foi oferecido um bolo de aniversário. Recorde-se que, no dia do meu aniversário, estive impedida de estar com a família devido à interdição governamental de circular entre concelhos. Contudo, a família fez questão de não deixar passar em branco este acontecimento. A salada foi primorosamente confeccionada por uma pessoa de família. Ei-la aqui tão cheia de cor!
As outras duas refeições já foram preparadas por mim. Os rabanetes muito vermelhinhos e a própria rama, cortada em juliana, sabem tão bem! Deve ser porque são meus E já semeei mais. O truque é semear em tempos desencontrados, para assim enquanto colhermos uns, outros já estarem em crescimento. Desta forma há rabanetes durante todo o ano.
Mas não vou ficar por aqui. Há uma outra actividade na forja. Com a idade da reforma a aproximar-se a passos largos, há que ir ensaiando formas de ocupar o tempo para me manter saudável, entusiasmada e com vontade de viver!
Foi nos meus verdes anos de escola que me ensinaram que, para finalizar um texto, devemos terminá-lo com uma descrição que sirva de remate, sob pena de parecer que foi interrompido, que ficou ainda muito por dizer. Nunca me esqueci desta regra, tanto que se tornou algo de muito natural para mim.
Mas, o mesmo costuma acontecer comigo quando início um post para publicar nos meus blogs. Raramente vou directa ao assunto central. Gosto sempre de elaborar um intróito. Eis, então:
O dia 3 de Maio é um dia especial para mim. Recordo-me que, em menina, este dia nascia com cruzes ornadas de flores penduradas na porta principal das casas. Diziam-me que era para comemorar o dia de Santa Cruz. Numa pesquisa rápida encontrei que, em Portugal e noutros países do mundo, existe a tradição de se realizar festas e romarias por volta deste dia, assim como de ornar fontes e cruzeiros com diversas flores, verdura, giestas, rosmaninho, entre outros, para proteger as pessoas dos males que andam à solta de noite.
Prosseguindo a pesquisa, também encontrei que 3 de Maio é comemorado como o Dia do Sol, uma data voltada para a valorização desta importante fonte de energia, que possui profunda relação com a sobrevivência de todas as espécies de seres vivos da Terra.
Mas o dia 3 de Maio é, também, o dia em que comemoro a data do meu nascimento!
Em criança, nunca tive festas de aniversário. Nem prendas. O curioso é que não guardo nenhuma mágoa disso. Tivesse tido, ao menos, arroz doce com fartura
A minha mãe, para comemorar os aniversários dos filhos, costumava fazer, apenas, um tachico de arroz doce. Nem sequer era um tacho. Lá em casa, a filharada protestava sempre perante tão minguada iguaria, dizendo que o arroz doce nem dava para tapar a cova de um dente:
" - Ó mãe, porque é que você fez o arroz doce nesse tacho tão pequeno?"
" - Ó mãe porque é que não fez o arroz doce naquele tacho?"
O tacho referido pela prole era o maior que havia em casa, claro! A minha mãe, então, olháva-nos calada e com um olhar enigmático, talvez arrependida... e pensando que os filhos até tinham razão, afinal, tudo se resumia a acrescentar mais uma pouca de água, mais um punhado de arroz e algum açucar...
Só quando comecei a ter o meu dinheiro é que também comecei a comemorar a data do meu aniversário. Houve um aniversário que para sempre ficou na minha memória.
O aniversário dos meus vinte anos.
Convidei muitos amigos, a quem ofereci uma lauta refeição, à qual não faltou um menu que elaborei e entreguei antecipadamente a cada conviva. O momento alto do festim foi comemorado ao som do fado "Primeiro Amor (20 anos) de Cidália Moreira.
Tenho cá um pressentimento, algo me diz que, ontem, o dia do meu aniversário, se tornará também um dia memoriável... porque foi diferente.
O que deixa história é o diferente.
Comemorado num tempo de pandemia, sem a família, já que a sua presença implicava a mobilidade entre concelhos, que estava interdita, sem margem para escolhas, portanto, o meu aniversário foi celebrado com um almoço na minha garagem, num espaço que tem vindo a ser preparado para as minhas futuras actividades lúdicas e, também, por entre as mais diversas quinquilharias próprias de um espaço de arrumos, em que costumamos tornar a nossa garagem. Como repasto uns grelhados feitos na nossa churrasqueira comunitária, regados com um vinho de estalo. Na parte da manhã, e durante a tarde, transitei entre a garagem e o quintal, onde alguns vizinhos andavam a trabalhar, debaixo de um sol abrasador, em mais um espaço para alargar a nossa horta comunitária. Já tenho, por conseguinte, mais um canteiro
E foi assim o meu dia de aniversário. Tive também uma surpresa muito agradável, mas dessa não posso falar. Só sei que fiquei muito feliz. Já estava feliz, mas ainda fiquei mais. Também estou muito grata às pessoas que me acompanharam, que fizeram o meu dia
E, já agora, por falar em horta, que tal umas fotos para festejar também os progressos?
Agora sim, agora já começo a ficar convencida que irei realmente comer da minha lavoura!
Olhem só os rabanetes a começar a aparecer! Está tudo um bocado a monte mas agora vou melhorar. Já descobri uma técnica E o espantalho para pardais, obra de um vizinho??
Que saudável que tem sido para nós a nossa horta! Bem, tenho que me despachar bem rápido, quero ver como estão hoje as minhas culturas.
Depois de ter estado em layoff durante três semanas, que foi interrompido por uma retoma da actividade profissional durante estas duas últimas semanas, eis-me de novo com as minhas rotinas diárias quebradas. Cá estou mais uma vez em layoff, que é o mesmo que dizer, com todo o tempo do dia disponível para mim. E, quando a fartura é muita, quase sempre também é muito o desperdício.
Por isso, prometi a mim mesma que, desta segunda avesada, irei aproveitar melhor o tempo, tentar ser mais produtiva, de alguma forma transformar perdas em ganhos. Se eu até tenho tantos interesses, tanta capacidade para me interessar pelas coisas!
Assim, a primeira medida a tomar é levantar a peida da cama bem cedinho. Para tal, tenho que me obrigar a deitar-me a horas decentes. Só assim aproveitarei melhor o tempo.
Ora, umas das minhas iniciativas na quarentena/confinamento foi ter a minha horta. Todos os dias, aproveitando o primeiro passeio da Lolita a vou ver, para dar conta dos primeiros rebentos das minhas sementeiras, e do desenvolvimento de outras. Já vi que há espécies vegetais cujas sementes germinam bem mais rápido do que outras. O mesmo se passa com os seus rebentos. As minhas abóboras ou melancias, não sei distingui-las pela folhagem, e também já não me lembro a ordem pela qual as semeei, estão a crescer de vento em popa. Um dia destes, se vingarem, vão tomar conta de toda horta, vão invadir as hortas vizinhas A breve trecho tenho de pensar numa solução
Afora as minhas plantações, consituídas por plantas de cheiro que comprei em vaso, o que eu gosto mais é mesmo de semear. Gosto de apreciar todas as fases de desenvolvimento da planta. Observar como desabrocham, o ritmo do seu crescimento, etc.
Mas ando um bocadinho triste com as minhas couvinhas de bruxelas. Não crescem! Foram as primeiras a ser semeadas mas continuam pequeninas. Já ando a pensar que a diferença de crescimento das minhas plantinhas talvez se deva ao facto do canteiro das couves de bruxelas ser menos ensolarado.
Por este andar tão depressa não me sustento com couves de bruxelas da minha lavra! Até já nem digo comê-las, queria vê-las crescer
Também semeei recentemente cenouras. Pelo que tenho lido são de cultivo fácil. Há também um sítio na minha horta, onde estão a aparecer uns rebentos mas não me lembro do que seja. Só sei que comprei diversos pacotes de sementes no Lidl e andei a espalhá-los na horta um bocado a esmo. O que for se verá! O próximo passo vai ser a monda
Ora, vamos lá ver os progressos da minha ingricultura
Os rabanetes
As abóboras ou melancias
Mais uma vez alguns rebentos, folha arredondada, que ou são melancias ou abóboras!
Já não vou "Ficar Passada dos Carretos" Há uma semana que retomei a vida activa.
Sobre esta experiência única e inolvidável, de ter ficado em casa sem trabalhar e mesmo assim a receber algum dinheiro, tenho a dizer que me soube que nem ginjas, apesar de saber que terei de pagar os custos e correndo o risco de sair disto tudo algo afectada da mona.
Quanto aos custos, são um preço que me vai custar menos a pagar se eu tiver em conta que é muito provável que a quarentena, o confinamento social, venha a introduzir substanciais inovações na minha vida. Estas inovações a que me refiro têm a ver com algo que jamais me ocorroria se não fosse esta pandemia.
Por vezes precisamos de levar um abanão para acordar.
Claro que tudo isto é muito bonito se o corona vírus não me apanhar desprevenida.
Entretanto, o Facebook decidiu censurar os meus blogs, um deles criado no âmbito da quarentena, por isso denominado Instantâneos Quarentenais, o outro já existia mas tornei a pegar nele com novo fôlego, um blog de culinária, denominado Acepipes do Céu, ambos alojados no Blogsopt.
São dois blogs perfeitamente inocentes que, quanto a mim, em nada ofendem as políticas do Facebook. Sei que num deles registei alguns palavrões, mas fi-lo de propósito. Foi a minha forma de expelir a neura provocada pelo isolamento. Chama-se a isso um "escape".
Até avisei o meu filho:
"Miguel, se vires que eu escrevi coisas parvas e algumas asneirolas no meu blog não sou eu, é a quarentena a falar".